Nota final

Chamamos a atenção para o facto de não deverem ser negligenciadas as operações de manutenção dos veículos, não só por questões de segurança, mas também por razões económicas e ambientais. O não cumprimento dos períodos estabelecidos pelos construtores no que diz respeito à utilização dos lubrificantes, pode levar ao mau funcionamento dos equipamentos, nomeadamente dos motores originando, desde maiores consumos de combustíveis e maior desgaste, até avarias que obriguem a proceder a reparações dispendiosas.

A rápida revolução dos últimos anos no desenvolvimento tecnológico dos motores, associada ao aumento da consciência com a protecção do ambiente, determinou a necessidade de contemplar no projecto e fabrico dos lubrificantes, critérios como a eficiência energética – através da redução no consumo de combustível – e o impacto ambiental de certos elementos presentes nos aditivos.

É assim de primordial importância a utilização de lubrificantes que satisfaçam as especificações que os construtores estabelecem. Todas as embalagens de lubrificantes têm inscritas as suas características técnicas e as especificações que satisfazem pelo que não é difícil a sua selecção. A utilização de lubrificantes que não satisfazem as recomendações estabelecidas, muitas vezes tendo apenas em consideração o factor preço, pode vir-se a revelar uma opção bem mais dispendiosa.

Por último gostaríamos de referir que o óleo lubrificante usado é classificado como um resíduo perigoso de elevado risco para a saúde e para o ambiente. A título de exemplo, 1 litro de óleo lubrificante usado é suficiente para contaminar 1.000.000 de litros de água.

Como tal, a sua recolha, armazenagem, tratamento e encaminhamento, são fundamentais e são garantidos em todo o país, Continente e Regiões Autónomas, através do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados (SIGOU), cuja implementação e gestão é da responsabilidade da SOGILUB.

Haverá pois a necessidade de nos certificarmos que, quando da mudança de óleo das viaturas, quer elas sejam feitas pelos próprios donos quer sejam feitos numa oficina, o óleo usado é devidamente recolhido e armazenado, devendo depois ser depositado em pontos de recolha específicos ou recolhido por entidades autorizadas. Este procedimento evitará desastres ambientais e possibilitará a reutilização destes lubrificantes, como já referimos anteriormente, com vantagens em termos de poupança de recursos e de energia.

Fontes: BP Statistical Review of World Energy; 2012 Guide to Global Base Oil Refining from Lubes’n Greases; Relatório Europalub 2009-2010; DGEG