No 3.º trimestre de 2025, a economia portuguesa apresentou sinais claros de aceleração, superando as expectativas dos analistas. Com base na estimativa rápida do INE – Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB teve um crescimento de 2,4% (variação homóloga- comparado com o mesmo trimestre de 2024) e uma variação em cadeia de +0,8% (comparado com o 2.º trimestre de 2025), o maior crescimento em cadeia entre os países da Zona Euro que divulgaram estimativas rápidas neste período. A procura interna manteve-se como principal motor do crescimento, com destaque para a aceleração do consumo privado, enquanto o investimento registou uma desaceleração.
Os setores que mais impulsionaram o crescimento da economia portuguesa no 3.º trimestre de 2025 foram a Tecnologia e Transformação Digital, o Turismo que se manteve como um pilar da economia, as Energias Renováveis, setor onde Portugal continua a investir fortemente, nomeadamente em energia solar, eólica e hídrica, e a Saúde e Biotecnologia.
No que respeita à nossa área de atividade, o mercado global de lubrificantes no 3.º trimestre deste ano situou-se nas 20.085 toneladas, cerca de 14,5% acima do período homólogo (PH) (14.572 t), e o mercado de óleos novos sujeitos ao pagamento de Ecovalor nas 17.079 toneladas (cerca de 17% acima do PH – 14.572 t)
As quantidades de óleos lubrificantes usados recolhidas situaram-se nas 8.460 toneladas (cerca de 4,5% acima do PH – 8.090 t), das quais resultaram na valorização de 7.415 toneladas (cerca de 4% acima do PH – 7.115 t), das quais 6.112 toneladas (cerca de 0,7% abaixo do PH – 6.154 t) foram enviadas para regeneração, destino prioritário na hierarquia dos óleos usados, e 1.302 toneladas (cerca de 35% acima do PH – 961 t) para reciclagem.
Como temos vindo a referir, a tendência de crescimento da recolha, deve-se a uma maior eficiência operacional do SIGOU com um aumento da quantidade recolhida diariamente, situando-se nas 130,29 ton./dia (cerca de 5% acima do PH – 124,45 ton./dia) e também de um aumento do nº de pedidos de recolha efetuados pelos produtores de óleo usado, que registou 8.050 ( cerca de 4% acima do PH – 7.726).
Para além destes, utilizamos alguns outros importantes indicadores relativos à operação da recolha dos óleos usados que analisamos detalhadamente e que gostaríamos também de referir, tais como:
- Nº recolhas: 9.871 (cerca de 6% acima do PH – 9.304);
- Quantidade média por recolha: 870,26 kg ( 0,2% abaixo do PH – 871,88 kg);
- Nº PrOUs com pelo menos 1 recolha: 8164 PrOUs (cerca de 4% acima do PH – 7.824 PrOUs).
Para entendermos o pleno funcionamento do SIGOU, e implementarmos constantes melhorias, existe a necessidade, tal como em qualquer sistema, de avaliarmos as ocorrências que são registadas pelos motoristas na recolha dos óleos usados, e das quais se destacam no 3.º Trimestre:
- 741 tentativas de recolha sem sucesso (598 no PH), que tem como potenciais motivos: local de recolha inacessível, Instalação fechada, recolha não autorizada ou não atendimento;
- 13 vezes em que o óleo não se encontrava disponível para recolha após pedido do produtor (26 no PH).
É procedimento habitual da Sogilub, no âmbito da sua missão de sensibilização, informar os PrOUs em que existam repetições de tentativas de recolha sem sucesso para a importância de ser garantida a acessibilidade aos óleos usados, bem como em todos os casos em que o óleo não se encontre disponível, questionar relativamente ao encaminhamento dado ao resíduo, verificando tratar-se, no entanto na maioria dos casos, de enganos dos PrOUs aquando da execução do pedido.
Estamos convictos de que o nosso sucesso depende do constante contacto com os PrOU`s, tentando melhorar o que é o nosso maior desafio – o correto armazenamento de OU`s e a sua recolha – mitigando o risco de acidentes com este resíduo perigoso que é o óleo usado, bem como a melhoria da eficiência do SIGOU.
Sabendo que estaremos sempre a um telefonema de distância enviamos os nossos votos de um Bom Natal.
